Semana passada eu fiz um post que gerou muita curiosidade nas mulheres: o efeito rippling, uma condição que as vezes pode acontecer após a colocação da prótese mamária. O rippling (traduzido por enrugamento ou ondulação) é raro, mas aparece principalmente em pacientes mais magras, com pouco tecido mamário e que optaram pela inserção da prótese no plano acima do músculo peitoral (subglandular ou subfascial).
Apesar de não ser uma condição comum, acho interessante esclarecer algumas dúvidas importantes para que a mulher fique mais tranquila antes da cirurgia. Abaixo, eu respondo as questões mais corriqueiras que podem aparecer a respeito deste assunto.
Como é o rippling?
Depois da cirurgia, o organismo forma uma cápsula ao redor do implante. Esta cápsula, que é um tecido fibroso formado em volta da prótese, pode ficar visível ou palpável, principalmente devido a espessura dos tecidos entre a pele e o implante. Por isso que essa condição é mais comum em mulheres mais magras e com pouco tecido mamário.
Em qual parte do seio ele aparece?
O rippling fica mais perceptível quando a mulher se inclina para frente, como se fosse abaixar. Ele pode aparecer em qualquer área da mama, mas é mais frequente na região lateral.
Quais são as mulheres mais suscetíveis a isso?
As mulheres mais magras, com pouco tecido mamário, com pele flácida e com implantes mais antigos.
É possível evita-lo?
Sempre vai existir o risco em pacientes muito magras e que querem colocar próteses muito grandes, principalmente pelo plano subfascial (em cima dos músculos, mas sob a camada fascial e as glândulas) ou pelo plano subglandular (atrás da glândula mamária). Para evitar o efeito rippling é possível fazer a inserção das próteses no plano submuscular (atrás do músculo peitoral). Como a prótese fica abaixo do músculo, ela acaba ficando mais camuflada. O músculo geralmente garante uma cobertura melhor da prótese, principalmente das porções superiores, diminuindo muito a chance de ocorrer o rippling.
Quais os tratamentos para corrigir o rippling?
Existe tratamento para correção do rippling e eu geralmente sugiro duas formas: através da lipoenxertia na região (assim é possível aumentar a espessura entre a pele e a prótese) ou com a troca da prótese e o plano de inserção de subglandular ou subfacial para submuscular.