Otoplastia pode ser alternativa contra baixa autoestima na infância

Otoplastia pode ser alternativa contra baixa autoestima na infância



Otoplastia pode ser alternativa contra baixa autoestima na infância

Otoplastia: a cirurgia das orelhas

Otoplastia, popularmente conhecida como a cirurgia das orelhas é, muitas vezes, um procedimento realizado em crianças a partir dos seis anos de idade, que sofrem bullying nas escolas. Apelidos como “dumbo”, “orelhudo” e “antena parabólica” geralmente são conhecidos por pessoas que têm as orelhas proeminentes e podem atrapalhar o desenvolvimento da autoestima.  Nesses casos, optar pela cirurgia, que cria uma forma mais natural e equilibrada entre as orelhas e a face, poderá beneficiar a aparência do paciente e elevar a sua autoestima.  

Através da Otoplastia é possível corrigir a forma, a posição ou a proporção das orelhas, características presentes desde o nascimento e que ficam mais aparentes com o desenvolvimento. “Mas é imprescindível esperar até os seis anos de idade, quando as orelhas já se desenvolveram quase por completo”, explica Bruno Onishi, cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especializado em microcirurgia pelo Hospital das Clínicas, HC.

Quando a Otoplastia é indicada

Otoplastia é indicada quando as crianças ou adultos se incomodam com as suas orelhas, achando-as muito grandes ou salientes e acabam as escondendo com os cabelos, com o uso de bonés ou toucas. Geralmente as orelhas são rodadas para frente e não possuem as dobras internas bem formadas. Isso deixa a orelha em evidência.  

Como na maioria dos casos o resultado da cirurgia é 100% alcançado com orelhas mais simétricas, é normal as crianças mudarem padrões de comportamento, como um novo corte de cabelo ou usá-lo mais preso, mostrando suas as orelhas sem receio 

Comumente realizadas em crianças, é necessário ter o aval delas para a realização do procedimento, assim como de seu responsável. Geralmente são elas que mostram o interesse pela Otoplastia, por isso costumam ser cooperativas e seguem as recomendações médicas”, conta o especialista. Logo nas primeiras consultas o cirurgião pode avaliar quais são as características que deverão ser trabalhadas e as técnicas utilizadas.  

Como e feita a cirurgia das orelhas?

Para se preparar para a Otoplastia, são pedidos os exames de laboratório e é feita uma avaliação médica. A anestesia aplicada pode ser a geral, local com sedação ou somente a local.  Em regra, nas crianças é aplicada a anestesia geral, garantindo uma maior segurança para o próprio paciente.  “As crianças podem ficar um pouco agitadas por causa da cirurgia, então é mais comum fazermos esse tipo de anestesia”, explica Bruno.    

Considerada uma cirurgia simples, ela dura em torno de 90 minutos (quando são operadas as duas orelhas). O período de internação pode variar de 8 a 12 horas para anestesias locais e 24 horas, quando é aplicada a anestesia geral.  

O paciente sai da cirurgia com um curativo que ajuda a manter as orelhas no lugar, bem próximas da cabeça. Esse curativo deve permanecer por um ou dois dias. É importante não mexer nele e se por acaso sentir alguma dor, que costuma ser leve ou moderada, é indicado o uso de analgésicos prescritos pelo médico.  

“Eu recomendo que o paciente utilize uma faixa também no primeiro mês para ajustar bem a orelha, que é como uma mola. Isso garantirá que ela fique no lugar. Os homens reclamam um pouco, mas para as mulheres é algo mais comum e que pode ser utilizado até como um acessório”, acrescenta Bruno.

Como funciona o pós operatório da Otoplastia

O período de cicatrização começa logo após a cirurgia, e depois de 2 meses já é possível ver 80% do resultado almejado, sendo o inchaço o que mais demora a regredir, principalmente nos casos que necessitam maiores mudanças. Somente após 6 meses é que o resultado definitivo poderá ser percebido, pois esse é o tempo médio para o amadurecimento da cicatriz.  

Uma dúvida frequente é sobre se as orelhas podem voltar ao seu formato anterior à cirurgia. Bruno Onishi explica que a recidiva depende da técnica e muito do cuidado no pós-operatório. “Nos dois primeiros meses, principalmente, é importante que não ocorra nenhum trauma ou manipulação que force as orelhas, pois isso pode causar alguma alteração e implicar no resultado final”, finaliza.  


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